sábado, 27 de outubro de 2012

Abrindo a alma no turbilhão incomensurável de animais assassinos travestidos de vento como as pedras da cidade imantadas de ódio, granítica e incomensurável asfáltica virtude despejada como lodo no meio fio da virtude que não mais existe que uma verdade além desse fastio de vida apodrecida em toda essa humanidade que tanto amei e tanto ódio de mim merece, esse ódio que talvez seja o melhor de mim, minha natureza que não consegue se traduzir em atos de minha vontade, essa já falida, arrebentada por tudo que evitei, aviltei, que vergonha essa de me olhar no espelho e me reconhecer em todas as mentiras que me imputei, agora que a morte é tão mais próxima e afetiva, no caos sangrento onde não consegui realizar a pureza da alma, se é que ela existiu em algum momento......

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