sexta-feira, 25 de maio de 2012

quarta-feira, 2 de maio de 2012


Toda fidelidade deve ser, constantemente, contestada.Mesmo que essa contestação implique numa contradição.Isso funciona na ciência e na arte, porque não funcionar na política ou na vida cotidiana?Fidelidade não pode implicar em obtusidade.Crença, convicção, amor, tudo pode passar.Quando navegamos no rio, somos nós que nos movemos, não a paisagem, embora nossos sentidos indiquem o contrário.Mas, como todos nós nos julgamos umbigos do mundo, ainda vivemos praticamente em referenciais pré-copernicanos.

A juventude é um zombar constante da morte.Nela pode-se encarar sem problema a perda de alguns anos, a contagem parece ser crescente, ainda que na vida o que existe mesmo é o decrescente.Por isso os jovens são tão facilmente manipulados por coisas abstratas, absurdas ou sem sentido,  coisas como patriotismo, fanatismo político ou consumismo desenfreado.Há muita morte embutidade dentro disso tudo, mas isso passa batido, torna-se invisível  à visagem juvenil.A ingenuidade do jovem de hoje prepara o otário velho de amanhã.A carne humana que é moída para alimentar o sistema sempre tem que ser fresca.