Ás vezes
nas flores do tempo me esqueço quem sou
de um lado a outro,
do verso ao reverso da alma
mal me encontro onde vou, onde estou.
Às vezes
nas nuvens da mente me perco, me vou
sem rumo, sem nada
a direção, diz-me o insondável vento
aos cansados ouvidos que ele perdoou.
E esse vento é meu pensamento,
o pensamento que não pensa, só sente
o futuro que não sei sob triste lamento,
o coração só, suspenso em sonho demente.
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