E eis que surge a pequena Eva
doçura e fogo recolhido ao mel das estrelas
serpenteia o umbigo do mundo em sua pele
harmoniosa delicadeza nas formas ao espaço
um triunfo do feminino na aspereza cinza do
mundo.
Quem é que insinua, flutua
no espaço baço esse seu talhe de mulher
encantando no mundo: bem me quer, mal me
quer...
E quem não quereria?
Decantando do negrume das coisas
esse feitiço, serpente ela mais forte e
duradoura
que os astros silenciosos sob a flauta
encantadora.
Ela que é o triunfo da espécie, a todos os
animais imporia sua
vontade, de si tudo aquilo que se resume a
verdade.
Mesmo a serpente não teria todas as maçãs do
mundo
a adoçar todos os lábios desejosos sob sua
visão
Perdição, de ver a beleza confirmada
como o amor que triunfa sobre a morte
quando o espanto nos reduz
às insignificâncias dos deuses e da sorte.
Eternidade de ter
essa beleza enclausurada para sempre em meu
olhar.
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