quarta-feira, 3 de julho de 2013

Tem-se o que se pode(poema)

        Tem-se o que se pode

Posso olhar as árvores, mas nunca as terei.
Tenho-as em meus olhos, sempre as sonhei.
Falo delas como de belas mulheres floreando no mundo
Louvá-las  todas me resta, no mistério delas me infundo.
Vejo suas copas floridas, os galhos arqueados em flor
Mas são árvores, comigo não falam nunca - ah, que dor!
Falassem comigo e não seriam árvores, outra coisa sim
basta-me o olhá-las, a mim um segredo de marfim.
E as belas mulheres que olho e venero, não insisto
basta-me vê-las , observá-las, fingir que existo.
Porque nesta vida nada se tem, seja árvore, seja mulher
senão sua beleza ,seja da forma  ou jeito que  vier.


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