vejo a sombra de teus olhos
vão além da luz em que se recolhem
a si mesmos no desejo em que se perdem
vejo a sombra da lua depositada
nas copas das árvores,
ilimitada harmonia dos astros
rondando em espectro o futuro
o coração olhando tudo, tão frio
tudo corre sobre o tempo
tudo, tudo tão duro, quase rio
na noite de minha alma mal vejo as sombras
depositadas pelo tempo e pela mão alheia
nesse torpor de tudo que tanto me alardeia
nada pode correr tanto a tudo que clareia
aqui sou apenas espectro, perdido nas ondas
na luz desses teus olhos onde neles tombas
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