No meu
caso, vejo algumas mulheres como vejo a bíblia: algo estranho e fascinante, no
fundo um tanto apócrifo, cheio de discursos delirantes ou ilógicos e neuroses
travestidas em imagens simbólicas; algo
que posso até respeitar, mas não necessariamente levar a sério ou tentar
entender. Minha pretensão não chega a tanto. E todo homem jura de pé junto que
leva sua mulher a sério, algo que , forçado, se transforma num caso sério. Bem,
talvez goste disso - não da bíblia ,óbvio, livro escrito por homens histéricos e
delirantes, onde a mulher é quase sempre um demônio e cuja leitura prolongada e
obrigada por certa doutrinação religiosa sempre me causou tédio- , aprecie uma
certa ilogicidade que nos livra das falsas certezas da razão. Razões para isso
não nos faltam.Toda personalidade alheia é um livro escrito em língua
estrangeira cuja gramática desconhecemos.E vamos tateando em meio a foras e
equívocos. Claro, vão falar que isso é discurso sexista, que não se presta à atualidade .Para mim, confesso, é esta
atualidade que não presta mesmo. E sou já uma figura “ historicizável¨ ,que já
se presta a um bom tratamento anti-mofo.
Ainda
que seja, para mim, mais fácil encarar uma mulher como algo sagrado do que
algum texto escrito com a pretensão de ser uma
verdade universal, salvo se for alta literatura.Universal mesmo é a
beleza feminina.Em todo caso, no mundo da racionalização constante, não faltam
fórmulas explicativas para o inexplicável.E sacralizações para coisas de
difícil sagração.Mas coisas sagradas, imposições sagradas , isso não falta por
aí. Há tempos já executei a sagração de minha primavera de encantos.E eles
continuam, em meio às poucas coisas que, para mim e para mais ninguém,
realmente são sagradas.Tirando o Cântico dos Cânticos e uma ou outra passagem
poética, definitivamente e por razões explicáveis, acho a Bíblia um livro
chato.Mas, definitivamente, nem todas as mulheres são chatas.Aleluia!
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