domingo, 29 de maio de 2011

pensamento noturno 28 de maio 2011

Sábado, erraticamente vagando vagabundo pelas ruas da cidade ,atravessada por um cortante frio de inverno, sei lá se esse frio vem de fora ou de dentro; escapa mais uma aura de frio que me envolve mais que o gelo de fora.Pensar solitário, ao longo das calçadas burburizadas  pelos gritos e desatinos causados pelo álcool, para dentro de mim procurando aquilo que, cá do lado de fora, se torna insuficiente para a necessidade do sentir.Na multidão de abstrações, acabo por mergulhar no oceano desses sonhos impossíveis que surgem nesses passeios em que somos restringidos pelas possibilidades do real, enquanto o irreal se espraia ao longo do caminho, como esse vento frio que parece um pouco alter-ego do lamento que a alma derrama.Porque amanhã só restarão os sonhos possíveis e eu, sombra do sonho que foi feito e desmanchado nesse passeio noturno, serei apenas o prolongamento de um” poderia”, mais do que verbo, substância impalpável do que o humano é.

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