Quem pode garantir sobre os resultados e efeitos da cultura “internáutica” na espécie humana?A relação entre o homem e a tecnologia implica sempre em incertezas, afora o fato de que possibilita um controle maior sobre o universo material que nos cerca.De acordo com Lavoisier, tudo se transforma; de acordo com a entropia , a energia tende a se dissipar e se espalhar por todo o sistema(o que em si nos faz ter dúvidas sobre a avareza ou bancos!), de maneira que todos os instrumentos que desenvolvemos nos servem para controlar(em parte!) a natureza, possibilitar um pouco mais de liberdade para nela atuar e, inevitavelmente, sucumbir.
Queiramos ou não , a natureza não está nem aí para o que somos ou fazemos.Se destruirmos a biosfera e com isso nossa própria espécie, o planeta vai continuar aí e, quem sabe, nasça algo parecido com o que hoje chamamos de vida. E se formos para as estrelas, se isso for nossa vocação natural para restabelecer o princípio da entropia?Teremos de construir outras línguas, outras formas de comunicação.Nossos mecanismos cognitivos se desenvolvem paralelamente aos nossos sistemas perceptivos.
O que se discute hoje pelos especialistas são os limites colocados pelos recursos “internáuticos”, suas influências sobre a cultura, a democratização das idéias e dos pensamentos, a falta de profundidade na formulação desses últimos.Mas tudo ainda cai na especulação , na carência de dados e pesquisas mais conclusivas.Um alarmismo de plantão vaticinará que é o fim do mundo e que regrediremos aos estágios de cultura dos pitecantropos, apertando botões e mouses, enquanto otimistas tecnofílicos defenderão o contrário.Que seja...Só o ceticismo e o equilíbrio podem oferecer alguma clareza.O entusiamo(ter um deus em seu coração!) é bom como motivação, não como reflexão.Essa necessita de distância o frieza.O resto é arte, essa outra face da moeda misteriosa da existência.
Será nossa racionalidade prisioneira de sistemas energético-cognitivos fora do nosso controle?Teremos que pensar menos?E como ficam nossas feras e demônios domados por séculos de domesticação civilizatória?
Sei apenas que essas respostas ainda não estão disponíveis no google.
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