sábado, 29 de dezembro de 2012

reflexão sobre o fim de ano

O senso comum é terrível, uma forma inapreensível de lógica aplicada sem lucidez às coisas do cotidiano.Sim, é mais fácil viver-se dentro dos limites do senso comum.Ser auto-crítico ou se auto-enfrentar a cada momento é um desafio maior.Mesmo dentro dos limites postos em cima da psicanálise, acho que ela é tão vilipendiada e Freud ainda tão atacado por ser difícil à maior parte das pessoas, independente mesmo da formação cultural,  aceitar que não somos donos de nós mesmos, não temos controle sobre todos os nossos instintos, podemos ser presas de paixões incontroláveis, em síntese, não passamos de uma casca de cortiça flutuando num oceando revolto de desejos e imprecisões.Ainda que com remédios, terapias ou fugas alienantes(consumo, religião, fanatismos diversos...), vai ano, vem ano, e somos sempre os mesmos, ainda que manipulando toda essa parafernália tecnológica que só crescerá inevitavelmente.Por isso, só mesmo na formalidade uso essas coisas de feliz ano novo e tal.Prefiro um "sorte no futuro" - e se for de coração, melhor ainda! -, coisa que, inclusive , deveria ser invocada em cada encontro com qualquer conhecido querido, seja em primeiro de janeiro ou trinta e um de dezembro, siga-se o calendário que for, romano reformado, chinez ou asteca.Afinal, queira-se ou não, sempre estamos no mesmo barco, rememos ou não.

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