terça-feira, 3 de junho de 2014

Como tem jornalista escrevendo bobagem.Até sobre a questão do fumo.

A respeito de artigo de João Pereira Coutinho, exposto na Folha de São Paulo de 3 de junho(http://www1.folha.uol.com.br/colunas/joaopereiracoutinho/2014/06/1463776-fascismo-light.shtml), apenas posso relevar alguns pontos de vista que vão contra essa visão pseudo-liberal desse jornalista português.No fundo, ele não passa de um jornalista escriturário, aquele que repete o mesmo argumento de forma mecânica e burocrática.Coutinho representa o que se chama agora de pensamento conservador no meio do jornalismo, na linha de Pondé, Azevedo e outros, com marcante afirmação conservadora.Mas não acho conservadora.No fundo, é reacionária disfarçada.Mas posam de liberais, atacando o estado, anarquistas de araque que são.Atacam os idealistas, os sonhadores, os reformadores do mundo, os utópicos, as feministas(são, em geral, marcadamente misógenos), os defensores do direito ao aborto, os que se preocupam com o meio ambiente, enfim, com qualquer coisa que se relacione com o que se chama de esperança.Vivem, intelectualmente, envoltos em demônios: o feminismo, para o Pondé, o PT, para Azevedo(desconfio que deve ser pago por alguém para fazer isso, tamanha a monotonia de sua fixação), além grande estigma do Islã, no caso do aparentemente neurótico Coutinho.Pessoalmente não o conheço e, por suas ideias, não teria o mínimo interesse em conhecê-lo.Provavelmente deve ser uma pessoa terrivelmente chata, ao estilo lusitano, sem o mínimo laivo de humor tradicional da nação de Camões.Parece-me ser um típico moço-velho, um esnobe que se sente exilado na própria terra(Portugal) , a qual parece execrar, ao estilo no vira-latismo comum em nossas terras brasílicas.Talvez o complexo de vira-lata tenha vindo d'além do "Grande mar oceano".
    Eu me lembro de artigo seu, contra o aborto legal.Argumentação ridiculamente pomposa para chegar a um grande final cristão disfarçado.Ora, que não disfarçasse então a defesa do dogma católico.Seria mais honesto.
   A última foi sua catilinária contra projeto federal que proíbe o fumo em lugares fechados.Chamou a proposta de fascista.Agora a moda dessa gente é chamar todo mundo de fascista, não escapando eco-chatos, feministas ou "reformadores sociais"; arrogantes e presunçosos que, no fundo, não passam de uns proto-fascistas neo-liberais metidos a "anarcas do espírito".Anarquistas abstratos.Grande merda: prefiro então os de carne e osso.Escrevem muito mal, pensando escrever com estilo.O Coutinho até que é o melhorzinho no estilo, mas a cabeça é mais quadrada que um tijolo.Só lendo o artigo para se ver a paranoia individualista do gajo.
     Também me considero meio individualista.Tenho lá meus problemas com a civilização como qualquer um, a vontade querende ir além dos limites impostos pela realidade sombria.Mas tudo tem limites, inclusive o individualismo,a não ser que não se queira viver em sociedade, procurando algum refúgio paradisíaco, se ele houver.Gente assim, no fundo, me dá medo, não gostaria nem ao menos de ter como amigo.
     Em realidade, um Coutinho da vida gostaria que não houvesse um estado para qualquer porcaria que fosse, ainda que a sociedade tivesse que tratar bem os iluminados aristocratas superiores como ele.Conheci desses tipos às carradas, no jornalismo, na política e em alguns hospícios(onde visitei conhecidos, conseguindo, milagrosamente escapar de lá).Como disse, é preciso ler o artigo.O individualismo "feroz" pode ser útil em alguns campos da atividade humana mas, coletivamente, é um perigo brutal.Lei da Selva,  que vença o mais forte, foda-se o resto, assim pensa gente como Coutinho ou Pondé.São caras que no fundo devem odiar seu semelhante.Que fazer: não entenderam como funcionam as duas faces da moeda da vida.Maldosamente, acho que gente assim nem tem muito prazer em viver, falando tão mal de tanta gente, principalmente de jovem, mulher ou sonhador.Afinal, só sonham mesmo quando dormem em seus sarcófagos empoeirados.
Mas, voltando ao assunto do artigo do senhor Coutinho, Deus nos livre de individualistas ferozes e energúmenos como ele.
     .O jornalista, que diz detestar ou não acreditar em médicos
, preferindo se auto-medicar- sendo ainda jovem, já se considera
velho;com essa mentalidade não vai durar muito, mesmo- ,usa o termo
"fascismo" de forma leviana e sem precisão.Aliás, fascismo ou
populismo hoje são termos utilizados sem nenhuma precisão.A questão
não é o estado arbitrar ou não sobre assunto de foro particular, mas
sim de convivência em coletividade.Sou fumante(cachimbo), adoro fumar,
mas me envergonho da época em que obrigava, em ambientes fechados,
outras pessoas a se empestearem com minhas fumaças.Gente como Coutinho
não passa de criança que não aceita disciplina dos pais, pelo menos no
imaginário adulto de sua mente complicada.É óbvio que o fumante
passivo é vítima do fumo alheio.Falar que não existem pesquisas certas
sobre isso é de uma ignorância brutal.Que os médicos se manifestem
contra esse descalabro panfletário de defesa da insalubridade.Não tem
a mínima ideia do que vem a ser saúde pública.E ainda faz campanha
contra a camisinha.Quem faz isso ou não faz sexo ou é louco
suicida.Bem, cada um que seja cuidadoso com seus pares...
    Vou continuar fumando, correndo risco de câncer, mas pretendo não
colaborar para que outros sejam vítimas de hábito que, para mim, é
assaz agradável, porém de uma idiotice absurda.Mas não tenho o direito
de contaminar os outros com minhas idiotices.Viver coletivamente tem
que ter regras.Ou será que, por exemplo, tenho o direito de entrar com
material radioativo perigoso que me diverte dentro de um bar, por capricho, sem que o estado tenha direito de intervir,
por exemplo?Esse é o famoso liberalismo estapafúrdio em nome da
propriedade privada.Nada a ver!.E usando espaço precioso de
jornal.Bem, não tão precioso assim...Afinal, o jornal deixa que cada
um escreva tanta idiotice, ultimamente, que a leitura do mesmo já se
transforma em algo insalubre, pior que a fumaça dos fumantes.
 

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