quinta-feira, 7 de junho de 2012


       MULHER E SUBSTÂNCIA  QUÍMICA       

Vou me dar o prazer de ser  o que se chama de politicamente incorreto.Quer dizer: vou me dar o direito de dar risada .
     Já que a moda atual é acreditar nos poderes redentores da ciência, nas tipologias reducionistas ou nas classificações generalizantes,coisas ótimas para revistas ou jornais, e já que a mulher é a “droga” mais procurada pelos marmanjos de todas as idades e credos, acabei por fazer minha classificação própria, de acordo com alguns conhecimentos rudimentares de bioquímica ,cruzados com meus parcos conhecimentos sobre os mistérios da natureza feminina(afinal, não sou muito bom em metafísica).O Nobel eu não levo, mas quanto ao Ignobel, pode ser...

   Lá vai:


         As neuro-ativantes: podem  funcionar com princípio químico excitante: primeiro nos eleva às alturas, nos coloca no céu e nos faz pensar poderosos; depois o efeito passa, vem a depressão, a sensação de vazio e que não se teve ou tem nada.O pior é pensar que não se cria dependência delas...Chamadas por muitos de mulher cocaína.Normalmente muito cara(principalmente para a estabilidade psicológica do consumidor), mas hoje mais fácil de se achar.Para quem quer viagem rápida sem grandes expectativas.Muito cultivada pela cultura moderna.Frequentemente produz depressão e inchaço de cabeça.O grau de pureza pode variar muito.

      Mas tem as neurodepressoras, também: aparentemente servindo para nos acalmar, acabam por nos mergulhar em letargia, numa sonolência que nos induz à televisão ou a outras drogas.Para quem sofre dos nervos é ótima.Para quem não sofre, também.Na cama, sono instantâneo.Frequentemente fabricadas pela química do casamento.

    Tem a modelo placebo: parece ter substância mas o efeito é ilusório, auto-induzido.Só funciona com muita imaginação.Idem para o homem.

   Há as lisérgicas :ótimas para literatura ou arte, na verdade não existem.Puro delírio da imaginação.A chamada mulher-maravilha!


  Há também as homeopáticas: só em pequenas doses dão certo.Isso para quem acredita em homeopatia e em vida cotidiana.Não tem contra-indicações.Também não têm lá suas indicações...

  As descafeinadas:  um sabor falso para  um  efeito também falso

  As sulfurosas: ou seja; que têm parte com o demo

  As dessalinizadas: obtidas a partir de um longo processo de doutrinação social e de reações orgânicas trabalhistas e familiares

  As insulínicas: altas doses podem produzir choque e até morte.Ideal para diabéticos porque comem pouco açúcar.

  As etílicas: só funcionam com altas doses de  álcool.Medicamento indicado para uso noturno.

  As tamponadas(não confundir com outro tipo de tamponamento!): também chamadas de “mornas”, por parecerem sempre iguais,constantes ou com a vivacidade de um boi no pasto(não vou usar a palavra vaca, é óbvio!), fazendo inveja aos melhores artesões do Egito antigo.Apresentam vantagens com relação aos ciclos de TPM.

As narcolépticas: imprevisíveis, só podem ser administradas em pequenas doses, sob risco grave de enlouquecimento do consumidor.Indutoras de comportamento agressivo.

As oxi-redutoras: aquelas que frequentemente nos fazem faltar o ar

As acidulantes: conseguem azedar qualquer situação.Em altas doses corrói qualquer coisa.

  As radicais livres: muito comuns durante a juventude.Com o tempo reações químicas  as transformam em compostos menos agressivos e até neutros.De preferência, usar até os trinta anos após a fabricação.

 As oxidantes: aquelas que dão um “ar” , durante algum tempo.Ótimas para feridas novas ou antigas.Como a água oxigenada, não  podem ser expostas   demais  à luz.Com o tempo podem enferrujar qualquer relacionamento de ferro.

  As alcalino-terrosas: também chamada de “moderna mulher engravatada”; pode reagir bem em diversas situações, têm alta aplicação na industria e nos negócios, boa conservação em condições ambiente, moderada reatividade natural, excelente difusibilidade no organismo social,embora em altas doses possa ser venenosa ou induzir à catatonia.

 Finalmente,as hipnóticas: perigosas por induzir a estados distantes da realidade, podendo causar acidentes de variada monta, além de perda de consciência.Combinadas com outras drogas podem dar efeito cruzado mortal.Procurar antídoto adequado.
Como todo mundo sabe, qualquer medicamento ou droga, usado de forma inadequada , pode fazer mal à saúde.O problema é que o armário de remédios é sempre escuro.


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