Do jeito que vejo tantos livros escritos a respeito de “Contra Marx”, “Contra Freud” e “Contra Einstein”, só me resta acreditar que os três devem ter acertado na maior parte do que falaram.Porque se errados estivessem, um só livro seria suficiente para resolver a questão.
Quando lhe foi oferecida a presidência honorária do recém criado estado de Israel, Einstein recusou, dizendo que “a política é para o presente, a equação para a eternidade”.No caso, em certas circunstâncias do que vemos por aí, talvez fosse correto dizer que “a política é para dar presentes, a equação para a fraternidade...dos apinaguados”.Esta é a autêntica teoria da relatividade da política institucional.
O Nobel de Física foi para cientistas que pesquisaram o que hoje se chama de Energia Escura, uma forma de energia pesquisada a partir de manchas detectadas em varreduras cosmológicas.Não se sabe bem a natureza desse tipo de energia.Poderíamos, quem sabe, atentar para o fato de que nós, humanos, temos também algum tipo de energia escura em nosso interior, assim como também temos a elétrica, a magnética, etc.E sabe-se lá que tipo de natureza ela esconde.Talvez, melhor seja nem saber...
Por sinal, vivemos em era de alta utilização tecnológica e alto analfabetismo estrutural da utilização tecnológica.Mas, como se dizia antigamente, não é necessário conhecer o que um câmbio é para se poder mudar de marcha.
Outro dia ouvi de uma artista plástica, em entrevista no rádio, que o importante hoje, durante a fruição de um passeio em um evento como a bienal, não é a referência de que a coisa é bela ou feia, mas sim interessante ou não.O fim das estéticas clássicas.A estética pós-moderna é quase a-estética.Então, porque as pessoas se intimidam com a arte que é feita e frequentemente dizem: não entendo do assunto.O a-estético pressupõe a exclusão do discurso, já que este torna-se desnessário para esclarecer o evento que, no caso, remete-nos às regiões nubladas do sentimento.Contudo, o que mais se ouve é o discurso sobre a arte.Mas a arte chega pelo entendimento ou pelo sentimento?Estranho, não?O discurso sobre o que é observado sendo mais importante que o próprio objeto de observação.Mais ou menos como o se falar sobre sexo ser mais importante do que o próprio fazer.Ou, quem sabe, seja isso mesmo o mais importante no caso?A lenda parece ser sempre mais interessante que o fato.É que no fundo, tanto um discurso sobre o estético como sobre o sexo pouco revelam do mistério que os dois são.
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