Prefeito preconceituoso e higienista. Esse é o ideal de político daquele que diz que não é político, e sim gestor.Pode mandar todos seus secretários participarem de reunião vestindo preto e branco, tudo aparentemente limpo e bonitinho, que nem por isso os livrará da gosma de reacionarismo que inundará esse gabinete, da lixívia de caráter que escorre de suas falas e comportamento..Seu futuro porta voz diz que a concentração dos eventos é para conter a turma da "perifa".Ah, na campanha, o futuro gestor dizia que era trabalhador e ia trabalhar para os pobres.No fundo, como boa parte da população dessa cidade ignara, tem é nojo de pobre.Ah, São Paulo, tão rica, a tal da locomotiva que bate pino, não tem pobre, não é mesmo?Quem não quer ver pobre por aqui, que não saia de casa, mais ou menos como deve fazer sua ridícula esposa dondoca que não sabe onde fica o Minhocão.
Talvez ele, futuro alcaide paulistano, quisesse concentrar o evento da Virada para além da Serra do Mar, no meio do oceano, para enterrar toda aquela turma da "perifa" que "suja" o centro.Mas não se atormente, sr.futuro gestor-alcaide, que mesmo o fedor da pobreza e da perifa um dia desaparece, mas o fedor moral de personalidades repulsivas como a sua, ah, esse é eterno, além de sua morte , a de um já morto-vivo engomadinho, e da de todos os perifas que gente como o senhor no fundo tanto despreza.
Que se façam então Viradas independentes do poder público, movimentos autônomos e populares, não se submetendo aos ditames de um poder público apodrecido e desprezível.Esse Dória ameaça fazer uma gestão que, comparada, fará a de figuras lamentáveis como Janio ou Kassab parecerem socialistas radicais.Nosso prefeito gostaria mesmo é de ser um sanitarista.Conhecemos bem tipos que pensam como ele.Um certo austríaco que atormentou o mundo com a segunda guerra aparentemente era pessoa de muito asseio que não hesitava nem ao menos em usar recursos térmicos para ampliar a limpeza da casa.
A cultura sempre independe e se auto-cria à revelia dos aparelhos de estado.Coisas que surgem por meio dos movimentos culturais tendem a ficar, coisas como esse prefeito-gestor nem serão notas de roda pé no futuro da história.Apenas mais um dos ridículos retratos pendurados de prefeitos que ornamentam a sede da prefeitura.Porque cultura é vida e gente como Dória não passa de expressão dissimulada de morte.Nessa vida, é sempre a luta entre Eros e Tánatos.
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