Eis um assunto interessante: mais fácil aceitar-se morrer por amor que matar por amor.Amor e morte, sempre os grandes problemas, os indecifráveis enigmas.Li, há pouco, um artigo abordando o crime de Suzane Richtofen.A questão é: teria ela matado por amor, para manter seu amor?Ou seria apenas uma questão de grana?
Interessante o tema.Bem, já dizia Platão que o Amor(Eros) entorpece a razão por meio dos sentidos.Vocação de enlouquecer.Indução à psicopatia?Ou seja, no fundo, tudo que se faz é por amor ou ausência do amor, o que desembocaria no ódio?Ah, o velho Freud(em sua fase mais velha) com o drama da luta de Eros contra Tanatos.,,,Os dois podem bem se combinar.A sugestão do artigo, para que não se tomem grandes decisões por causa do amor, me parece bem sensata.Claro, referindo-se ao amor primário, o sexual, não a seus desdobramentos sublimados ou transformados.Eu me lembro de querer fazer política ou algo meio confuso que na minha cabeça parecia revolução, por ter-me apaixonado por uma moça politizada.Não consegui nem a moça, nem a tal da revolução.Santa presunção! Por causa disso larguei o curso de engenharia.Nisso dei sorte: não queria realmente ser engenheiro.Depois, mais tarde, resolvi que queria ser artista, por estar apaixonado por uma moça onde enxergava altos dotes artísticos.Afinal, ela necessitaria de um companheiro que também fosse artista.Ela não virou artista, mas me abandonou.Dei sorte: a arte me encontrou.Moral da história: todo homem é o que as mulheres fazem dele, inconscientemente, por meio do que eles sentem por elas.Acho que começa com a mãe....Contudo, no caso da Richthofen, não seria mais fácil e romântico apenas fugir com o namorado?Fico imaginando como seriam os pais da moça e o relacionamento familiar com eles.Ou então, todo romantismo amoroso descamba mesmo para a patologia?Bem, romantismo autêntico tem que ser patológico.Varia o tipo de patologia, às vezes um tanto destrutiva demais.
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